A maior parte das raças comumente encontradas em outros mundos também existem em Gandara. Aliás, há quem diga que todas as raças e monstros de qualquer lugar estão em alguma parte do Inferno, por mais estranhas ou únicas que possam ser. A explicação para isso não é de toda conhecida, mas é creditada a longa e descabida disputa selada pelos deuses deste mundo, em que desejosos de provar o valor das raças criadas por eles, rechearam o planeta com todo o tipo de obstáculos na forma de outros povos ou até mesmo de aberrações. 

Toda uma nova variedade de criaturas também chegou até Gandara através do caminho criado por Mephisto em sua trilha de destruição, aumentando ainda mais a quantidade de seres exóticos neste planeta. Porém, num primeiro momento, iremos apresentar apenas os Eleitos: as dez principais Vantagens Únicas que podem ser utilizadas por personagens jogadores. Considere todas como as mais comuns deste mundo, o tipo de gente que você irá encontrar pelas ruas das maiores cidades o tempo todo.

As Raças Eleitas de Gandara

Cada povo eleito possui um diferencial próprio que os tornam adaptados a viver neste mundo morto. Você sem dúvida conhece a maior parte deles: são as raças cânones de cenários de fantasia clássica de espada e magia, mas com uma roupagem pós-apocaliptica. 

A maior ausência é sem dúvida a dos elfos, o belo povo que foi extinto pelos invasores de Aarseth durante as batalhas que culminaram com o Tratado do Aço. Desde então, os anões reinam sobre boa parte de Gandara a partir do império subterrâneo criado por eles, maquinando sua influência mesquinha sobre todos os povos e reinos. A cor metálica da pele deles distingue os anões comuns dos descendentes das famílias nobres de outrora.

Os meio-elfos são o único vestígio da presença élfica do passado do mundo. Considerando-se os últimos mortais de sangue nobre e veem todos os outros seres como inferiores, desejando a dominação sobre os que aceitarem a escravidão ou pleno extermínio dos dissidentes. Os pequeninos halflings são considerados a praga da atualidade. Infestam cidades, vilas e esgotos, carregando em si dezenas de moléstias e doenças que transmitem para as outras raças. São tantos que sequer são levados em conta no levantamento populacional dos reinos.

Os inventivos gnomos são conhecidos pela maestria sobre a química e por terem desenvolvido a pólvora. São peculiares por não possuírem sexo e se reproduzirem por duplicação toda vez que encontram a morte, por até sete vezes. A maioria é viciada em trabalho, pouco ligando para qualquer outra coisa que não sejam as próprias pesquisas. Alguns se dedicam a alquimia, acreditando que a simples química não alcança o potencial definitivo dos elementos.

Goblins são praticamente os heróis não cantados deste período, pois foram eles que desenvolveram o motor de combustão que transforma água em vapor e este em energia para mover pistões. Além da grande vedete energética do mundo, muitas outras facilidades que hoje sustentam a população de Gandara são criações deles. Também são legitimamente goblinoides inventos como os aeroplanos, as armaduras robôs e os mecanóides.

Os trolls sempre foram à sombra dos elfos da superfície. Eles traíram todos os outros mortais, se aliaram a Mephisto durante a invasão e pagaram caro por isso. Atualmente, todos são estéreis; praticamente imortais, mas sem nenhuma criança. Vivem isolados em locais distantes ou agrupados na única cidade troll do mundo, Bretor. Os reinos subterrâneos estão praticamente abandonados. Os motivos que os levaram a deixar as profundezas são um mistério até hoje.

Os reptilianos dzillas são uma das raças mais antigas de Gandara, divididos em uma casta guerreira e uma de bruxos e que enfrentam os invasores humanos com o mesmo afinco que lutam entre si. Vários deles, contudo, partem mundo afora caçando a casta inimiga e os desertores da batalha que os move desde os primórdios dos tempos. Outro grupo que está entre a vida selvagem e a civilização são os orcs, uma das poucas raças que ainda são discriminadas, caçadas ou mantidas em regime de escravidão em Gandara.

Em contrapartida aos milenares d’zillas, talvez a mais recente raça do mundo — apesar de poucos os considerarem assim — são os mecanóides. Construtos criados para os mais devidos fins que conquistaram o direito a liberdade em alguns dos reinos do planeta, formando uma novíssima casta ainda mal compreendida.

Por fim, temos os humanos. Destinados desde cedo a se adaptar a qualquer dificuldade a que forem sujeitados, eles são os que mais lutam para viver no mundo moribundo. Bons, maus, altivos ou decadentes, são definitivamente o povo que melhor conseguiu reagir e superar as adversidades dos novos dias, triunfando como raça dominante de boa parte do Inferno.

Iremos trazer cada uma destas vantagens únicas em separado aqui mesmo no Inominattus, sempre com algum histórico para aos poucos construirmos Gandara juntos. As raças clássicas inclusive terão algumas diferenças mecânicas em relação às vistas no Manual 3D&T Alpha. Porém, nada que impeça o uso das mesmas tal e qual estão no livro básico. Elas são a base de praticamente todas elas.